Que vinhos beber no Dia dos Namorados?

Origens romanas e amor cortês

Segundo algumas fontes, o dia de São Valentim foi instituído pela Igreja para contrariar a festa pagã da fertilidade, a Lupercalia. Esta festa era dedicada a Lupercus, deus dos rebanhos e dos pastores, e a Juno, padroeira das mulheres e do matrimónio romano. O que incomodava os Padres da Igreja, para além da crença nos deuses gregos, eram as cerimónias organizadas, cujo ponto alto consistia numa corrida de homens seminus que batiam com tiras de pele de cabra nas mulheres que se encontravam no seu caminho, assegurando os golpes recebidos a fertilidade e uma gravidez feliz.

Segundo outras fontes, as suas origens remontam à Idade Média, entre a aristocracia inglesa, que associava a data de meados de fevereiro ao acasalamento das aves e aos sinais de renascimento da natureza e, mais tarde, ao amor cortês.

Champagne, Saint Amour e vinhos de base com nomes evocativos

O champanhe continua a ser o vinho associado ao amor, pelo que é uma escolha popular para os jantares do Dia dos Namorados. Todos os anos, as grandes marcas de champanhe lançam caixas ou colheitas dedicadas ao dia dos namorados, muitas vezes a preços bastante elevados por se tratar de colheitas de prestígio. Se quiser poupar a sua carteira ou se estiver simplesmente à procura de um toque de originalidade, pode também optar por vinhos com nomes evocativos, quer se trate da denominação ou da cuvée.

Na primeira categoria, pensamos imediatamente num cru de Beaujolais, Saint Amour, cujas vendas aumentam por volta de 14 de fevereiro. No entanto, este cru não deve o seu nome ao amor, mas a um legionário romano chamado d'Armor que se refugiou na Gália e deixou o seu nome à aldeia de Saint Amour.

Na segunda categoria, encontram-se colheitas como o Château Lamourette em Sauternes e La Passion, um Château de Rouffiac em Cahors.

Feliz Dia dos Namorados para todos os apaixonados!